Um tutor para cada aluno.

Family-Men_clip_image002Lia outro dia sobre o projeto “Incluindo para a Vida” da escola infantil Materna, localizada em São Bernardo do Campo e Santo André (SP). Eles propõem que cada funcionário, de um grupo onde estão pessoas com várias funções, seja tutor de um aluno, procurando conhecê-lo melhor, estreitando laços com a família e auxiliando os demais professores no relacionamento com eles.

O projeto foi criado para os 18 alunos de inclusão que eles tem em ambas as unidades, com deficiências como Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Síndrome de West, Autismo e Transtorno Global. No entanto, a idéia é de extremo valor para qualquer unidade organizacional que lide com pessoas, em bases regulares, mesmo que temporárias. É o caso de unidades hospitalares, escolas, centros de assistência e outros. Já imaginou a diferença que faria uma pessoa da organização hospitalar se responsabilizar por um doente, como atividade voluntária a ser feita regularmente, até que o doente saísse do hospital?

Voltando à questão educacional, o valor de uma proposta como esta para qualquer escola não pode ser medido. A família e o aluno passam a ter uma pessoa de referência na escola, cujas atividades extrapolam as descrições funcionais de coordenadores, orientadores pedagógicos e outros. Uma liberdade de trânsito e de relações se estabelece a partir de uma proposta de ação voluntária, espontânea, comprometida, que não olha mais o aluno como um número de matrícula ou um nome, mas como uma pessoa. Que vai à sua comunidade e visita a sua família, criando um laço de comprometimento e apoio.

Voluntários para ações similares precisam, é lógico, de um treinamento e de uma fundamentação filosófica e humanista clara para sua missão. Mas isso não é algo difícil de produzir. E o benefício seria inimaginável. Humanizaríamos estas instituições enrigecidas na hierarquia e nos procedimentos formais.

Parabéns à escola pela iniciativa. Que outros se inspirem nela.

http://www.maternaescola.com.br